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Recompondo aprendizagens em uma Escola Indígena

A Escola Indígena José Carapina em Pariconha, no estado de Alagoas, está dedicando parte das suas aulas à recomposição de aprendizagens em Matemática. A equipe de coordenação organizou com o professor Rosivan Santana a utilização dos materiais do Avançar – Para uma Matemática Engajadora desde abril deste ano. Coletamos alguns depoimentos sobre a implementação da iniciativa e a importância de incentivar o aprendizado e o apetite por aprender.

Márcia do Nascimento Silva, coordenadora pedagógica, nos contou que a escola enfrentou o desafio de ausência de professores por longos períodos do ano letivo por estarem em uma zona rural e por conta das particularidades políticas de alocação de professores indígenas. Segundo Márcia, a vacância de docentes implica na deficiência das aprendizagens e, no caso da Matemática, é importante o olhar para etnomatemática, considerando  que mais de 50% da população de Pariconha é autodeclarada indígena e a escola está próxima da comunidade Ouricuri, ou seja, precisa ser significativa no cotidiano dos estudantes.

Após conhecer os módulos do Avançar no site do Instituto Reúna, Marina do Nascimento Silva, que participa do apoio pedagógico, percebeu que o uso deveria ter início imediato para que pudessem usufruir de todas as habilidades trabalhadas ao longo do ano e cumprir com os objetivos da escola poderia melhorar os indicadores de aprendizagem, sendo assim, organizou a disponibilização dos materiais e a prestação de suporte aos docentes e estudantes.

Ao vivenciar o projeto, o professor de Matemática, Rosivan, se assustou inicialmente para equilibrar a utilização do Avançar com outras demandas, entretanto com a aplicação reparou que o projeto pode ser adaptado para atender a realidade da escola.

“O 9º ano é uma turma que preocupava muito, pois as metas para as notas do Saeb são bem desafiadoras. Mas percebemos a facilidade que os meninos estão desenvolvendo com os trabalhos propostos. Eles estão bem felizes e animados com o desempenho deles mesmos.” – declara Rosivan.

Para entregar as atividades avaliativas, o professor de Matemática, optou por colocar uma “raspadinha” na nota com o intuito de esconder a nota e fazer uma surpresa, o resultado foi os estudantes pasmos e animados. Essa ação foi de suma importância para que os jovens reconheçam suas capacidades e para mudar o momento de entrega das notas.

Neste momento, é possível analisar o avanço dos alunos, que começaram participar e desenvolver-se. Assim como, uma atividade realizada na sala de aula, pode-se observar que é extremamente essencial construir e percorrer o caminho em direção ao aprendizado e a Escola Indígena José Carapina, mobiliza-se para esse trajeto junto com os estudantes.

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