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Educação: os desafios agravados pós-pandemia

Desde a década de 1930, o Brasil já desenvolvia planos educacionais visando uma educação de mais qualidade para a sociedade. Mas foi apenas em 1988, com a Constituição Federal, que conceitos mínimos passaram a assegurar a formação básica comum dos estudantes. Idealizando diretrizes, metas e estratégias para um desenvolvimento, seja no âmbito municipal, estadual ou nacional da educação, o artigo 214 do documento previa a criação de um Plano Nacional de Educação (PNE) para alcançar as metas previstas. 

Avançando para 2000, um acordo internacional, que tem o Brasil entre seus países signatários, foi pactuado em Dakar, no Senegal, para estipular metas para uma educação de qualidade a todos os cidadãos dessas nações. Dentre os objetivos, os países se comprometeram a investir de 4% a 6% de seu PIB (Produto Interno Produto) em educação até 2030.  

Na mesma década do acordo pela educação, a primeira pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre educação nacional registrou que, das 50 milhões de pessoas com idade entre 14 e 29 anos entrevistadas pelos pesquisadores, dez milhões, ou seja, 20%, não haviam terminado alguma etapa da educação básica. Além disso, a pesquisa também revelou que, na época, 11 milhões de brasileiros não sabiam ler e escrever. 

Com o intuito de atingir as metas estabelecidas tanto no acordo de 2000, em Dakar, quanto na própria diretriz constitucional brasileira, em 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi então elaborada a fim de garantir que todos os brasileiros tenham os mesmos patamares educacionais, em qualquer região do país. Os desafios de implementação dos novos currículos se mostraram tão gigantes quanto o próprio Brasil e, por isso, entidades não governamentais do nicho de incentivo à qualificação educacional se uniram em diversos momentos para fomentar soluções para que a sociedade conseguisse dialogar com as propostas federais.

Anos depois, os números mudaram, mas ainda longe de serem positivos: segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) deste ano, mais de 40% das pessoas entre seis e sete anos, que deveriam estar alfabetizadas em seu nível educacional, permanecem analfabetos, e aproximadamente cinco milhões de crianças e adolescentes abandonaram os estudos.

Pandemia: desafios e soluções

Esse cenário é, para além de outras demandas, consequência das dificuldades enfrentadas por gestores de educação, professores e familiares para manter o ensino à distância durante a pandemia por covid-19 que manteve escolas fechadas por mais de 279 dias em todo o país, o maior período em comparação a outras nações do globo. Vale ressaltar que o analfabetismo no Brasil durante o período pandêmico obteve um agravamento em 66,3%, com pelo menos 1 milhão de crianças e jovens que não sabem ler e escrever. 

Nesse âmbito, ao lado de uma rede de parceiros, o Instituto Reúna colabora para criar um cenário educacional que busca por avanços na aprendizagem de todos os estudantes brasileiros, criando soluções para a construção de um sistema educacional pedagogicamente coerente, a partir da promoção da BNCC.

Sob o contexto pandêmico, o ensino remoto foi a alternativa encontrada para tentar seguir o conteúdo programático escolar e a partir dessa necessidade peculiar, O Reúna procura endereçar em seus materiais os desafios de modelo online e híbrido tanto para aprendizagem, quanto de acompanhamento e avaliação da aprendizagem dos estudantes, à época, do outro lado da tela.

Ferramentas disponibilizadas pelo Reúna auxiliam os gestores, a garantir que os direitos de aprendizagem sejam assegurados neste e em todos os contextos, o foco é sair das secretarias municipais e estaduais e atingir diretamente o educador. 

Os Mapas de Foco, material constituído em parceria com o Itaú Social, ajudaram gestores e educadores que atuam nas redes públicas a minimizarem os impactos do fechamento das escolas e do ensino à distância. Ainda hoje, 2022, continuam sendo importante instrumento para orientar a flexibilização curricular, garantindo e acompanhando a aprendizagem dos estudantes. 

Quando em 2000 o Brasil e mais 163 países assinaram o acordo pela promoção da educação para todos, nenhum líder imaginou que o mundo passaria pela tragédia humanitária que foi a pandemia por covid-19. Ainda assim, todos os agentes que batalham diariamente pela educação de crianças e adolescentes estavam prontos para auxiliar no desafio de manter a continuidade desse ensino. 

O Instituto Reúna mantém a missão de fazer compreensível e aplicável as diretrizes de ensino capazes de tornar a educação acessível e de qualidade em todo país; que possamos juntos atrair os estudantes de volta à sala de aula e assim fomentar um Brasil com mentes críticas e prontas para o progresso no futuro.

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