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A importância da Recomposição de Aprendizagens em situações de emergência climática

Nos últimos anos, as emergências climáticas, como as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, têm impactado gravemente a educação, colocando à prova a resiliência de alunos, professores e gestores. A interrupção das atividades escolares nesses contextos exige um esforço coordenado para garantir que o aprendizado continue. 

Desafios e Estratégias para a Recuperação

Quando desastres climáticos afetam as comunidades, a educação é uma das áreas mais prejudicadas. Escolas fecham, materiais são perdidos, e muitos alunos ficam sem acesso ao ensino por longos períodos. Isso cria lacunas que comprometem o desenvolvimento educacional e social de crianças e jovens, além de ampliar desigualdades já existentes.

Algumas estratégias podem ser implementadas para acelerar a recuperação dos estudantes:

  • Diagnóstico das lacunas de aprendizagem: Identificar as áreas em que os alunos ficaram para trás é essencial para direcionar os esforços de ensino de forma eficaz.
  • Implementação de programas de ensino adaptados: Currículos e conteúdos devem ser ajustados para atender às necessidades específicas pós-crise.
  • Apoio emocional e psicológico aos alunos: Criar um ambiente seguro para a recuperação emocional também facilita a retomada do aprendizado.

 

Referencial curricular e guia para emergências climáticas

O Instituto Reúna, em parceria com a Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul, está desenvolvendo um referencial curricular alinhado com a educação ambiental para a rede e um guia de implementação para esse referencial. Esses materiais estão sendo elaborados com o objetivo de oferecer suporte imediato e de longo prazo a escolas e redes de ensino em contextos de crise. A proposta é garantir que, mesmo em situações adversas, as escolas possam continuar a oferecer educação de qualidade e apoiar o desenvolvimento integral dos alunos.

O referencial curricular aborda a necessidade de flexibilizar conteúdos e adaptar práticas pedagógicas de forma ágil. Já o guia de implementação oferece orientações práticas para que gestores e professores possam organizar rapidamente o retorno às atividades, minimizando o impacto da interrupção no processo de aprendizagem.

Conectando com as quatro prioridades da educação

Esse trabalho de recomposição e continuidade do aprendizado está alinhado com as quatro grandes prioridades da educação no Rio Grande do Sul para os próximos 10 anos: 

  1. Inclusão e equidade: As emergências climáticas atingem de maneira desproporcional as populações mais vulneráveis. Garantir que esses estudantes tenham acesso às oportunidades de recuperação é fundamental para a equidade.
  2. Qualidade: A recomposição de aprendizagens deve ser feita com a mesma qualidade de ensino oferecida em tempos normais, evitando que os estudantes tenham um ensino inferior devido à crise.
  3. Integração das tecnologias digitais: Plataformas digitais e ferramentas tecnológicas podem ser aliadas poderosas na recuperação educacional, especialmente em áreas onde a infraestrutura foi afetada.
  4. Formação de professores: Professores preparados e com suporte adequado são a chave para liderar esse processo de recomposição, sendo necessários investimentos em formação contínua para que possam lidar com as novas demandas.

 

A recomposição de aprendizagens não é apenas uma necessidade emergencial, mas uma responsabilidade coletiva que deve guiar a política educacional nos próximos anos. Ao garantir que a educação continue, mesmo em tempos difíceis, estamos criando bases mais sólidas para um futuro mais resiliente e inclusivo.

Garantir a continuidade do aprendizado em contextos de emergência é essencial para evitar que os impactos negativos se perpetuem por gerações. A educação desempenha um papel central na recuperação de uma comunidade, sendo um fator de estabilidade e esperança em meio às dificuldades.

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